O laboratório de patologia é visto pelo paciente como uma “caixa preta”: um conjunto de equipamentos sofisticados, onde o material é recebido e o diagnóstico aparece quase que milagrosamente, impresso em um laudo. Porém, essas interpretações e diagnósticos complicados são feitos por um profissional altamente qualificado e em constante atualização, que é o patologista.
Nós, patologistas, somos médicos, especializados na arte e na ciência do diagnóstico. Trabalhamos em laboratórios particulares, hospitais ou universidades. Auxiliados por uma equipe, composta por técnicos de laboratório e assistentes administrativos, somos capazes de receber, analisar e emitir seus laudos anatomopatológicos¹.
Baseados nesses laudos, os clínicos e cirurgiões que acompanham os pacientes podem decidir entre as opções de tratamento. Eventualmente, os clínicos examinam com os patologistas os detalhes técnicos específicos dos laudos e, em alguns casos, discutem opções de tratamento. Freqüentemente, também precisamos entrar em contato com seu médico, esclarecer dúvidas e saber detalhes da doença para redigir o laudo com precisão.
Os laudos anatomopatológicos são escritos em termos técnicos específicos, pois são redigidos para que seu médico saiba com exatidão sobre a doença.
Embora, muitas vezes pareça que você, paciente, não tem acesso direto a nós, médicos patologistas, estamos sempre a sua disposição para esclarecer alguma dúvida sobre o laudo anatomopatológico. É muito importante a compreensão do diagnóstico.
Outra visão comum, é que, nós, patologistas, lidamos no dia-a-dia com cadáveres e investigação de crimes, como visto nos seriados de TV (vide Arquivo X).
A investigação criminal é feita pelos médicos legistas, alguns dos quais também são especializados em patologia. E nós fazemos autópsias quando há dúvida sobre a doença que levou o paciente a falecer.
Porém, o nosso dia-a-dia é lidar com materiais de pacientes vivos. Desde análise dos fragmentos de pele que são retirados pelo dermatologista; do exame de Papanicolaou coletado pelo ginecologista; até grandes peças cirúrgicas enviadas para investigação de cânceres.
Microscopia: é o estudo das alterações celulares, é o momento em que o médico patologista irá determinar o diagnóstico.
Sem o médico patologista, a medicina moderna não pode existir!
Nós, membros da Sociedade Brasileira de Patologia, estamos a sua disposição para qualquer esclarecimento sobre esta especialidade médica a qual, com orgulho, pertencemos e que amamos exercer.
¹ Segundo o Dicionário Aurélio:
anatomopatologia
[De anatom(ia) + -o- + patologia.]
S. f.
1. Ciência que estuda as partes do organismo alteradas por processos patológicos.
Inspirado no site www.thedoctorsdoctor.com
Retirado integralmente do site da Sociedade Brasileira de Patologia: http://www.sbp.org.br/
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